FALTA DE LIBIDO

GINECOLOGIA

Falta de desejo sexual já atinge quase 49% das mulheres

Alterações hormonais, doenças e fatores psicológicos estão entre as causas mais frequentes

A disfunção sexual feminina está associada à falta de desejo sexual, dificuldade em ficar excitada, lubrificação insuficiente, incapacidade de atingir o orgasmo ou dor durante a atividade sexual. Sem saber o motivo, muitas mulheres se culpam por esta deficiência no desempenho sexual , sentem vergonha e não procuram ajuda.

Pesquisa recente realizada pela Secretaria de Saúde de São Paulo no Centro de Referência e Especialização em Sexologia (Cresex) do hospital estadual Pérola Byington, apontou que a falta ou diminuição do desejo sexual afeta 48,5% das mulheres.

No estudo, dezoito por cento das pacientes relataram dificuldade em alcançar o orgasmo, 9,2% sofriam de dispareunia (dor intensa durante a relação sexual) e 6,9%, possuíam inadequação sexual (níveis diferentes de desejo em relação ao parceiro). Somente 13% tiveram causas predominantemente orgânicas, como alterações hormonais ou problemas originados por alguma doença.

Fatores psicológicos e físicos podem influenciar na diminuição do desejo sexual feminino.

As causas são variadas e muitas vezes são multifatoriais, desde depressão e doenças crônicas, até efeitos colaterais de medicamentos podem alterar a libido da mulher.

Principais causas 

Problemas psicológicos são os principais responsáveis por este distúrbio. Estresse pelo excesso de trabalho e tarefas em casa, bem como ansiedade, depressão, baixa autoestima e eventual histórico de abuso sexual inibem a libido.
Problemas de saúde: infecções vaginais e do colo do útero, diabetes, depressão, alterações da tireóide e deficiência hormonal podem afetar o desejo sexual.
Álcool e drogas: em excesso, podem diminuir a libido.
Medicamentos: anticoncepcionais, antidepressivos, anticonvulsivantes, anti-hipertensivos podem ter associação com problema.

É importante ressaltar que muitas vezes a disfunção feminina ocorre devido à disfunção masculina, como ejaculação precoce, disfunção erétil e até mesmo inabilidade do parceiro.

Tratamento

O tratamento deve ser individualizado e adequado à necessidade da mulher. O estresse no trabalho, trânsito, o cansaço, a depressão, problemas de relacionamento podem ser responsáveis por este problema, sendo assim, um acompanhamento psicológico, além de medidas comportamentais, como a prática de atividade física, redução de carga horária de trabalho, além da melhora da auto-estima podem ser uma solução. Terapia comportamental cognitiva com um profissional capacitado é necessária na maioria das vezes. Além disso, as causas orgânicas devem ser solucionadas como o tratamento de infecções, a troca do método anti-concepcional, reposição hormonal, caso haja alguma deficiência, entre outras medidas devem ser adotadas.

O tratamento ideal pode requerer consultas multidisciplinares com ginecologistas e profissionais com experiência em sexualidade humana, psicólogo e fisioterapeuta.

Uma boa dica para recuperar o desejo é relaxar, reservar um tempo para jantar, ir ao cinema e aproveitar a vida a dois, deixando o cansaço e outros problemas que possam afetar o casal fora da cama.

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