PERDA URINÁRIA NA ATIVIDADE FÍSICA

GINECOLOGIA

As diferenças anatômicas do sexo feminino, alterações hormonais, os traumas relacionados às gestações e partos favorecem o deslocamento e enfraquecimento dos músculos do períneo, explicando a maior vulnerabilidade das mulheres à incontinência urinária de esforço. 
Embora pouco divulgado, é muito comum em mulheres que praticam atividades físicas e esportes apresentarem algum tipo de perda urinária, levando-as a abandonarem suas atividades a fim de evitar algum tipo de constrangimento durante o exercício.

Entenda mais sobre o tema:

O que é?

A Incontinência Urinária é definida como toda perda involuntária de urina. É um sintoma que pode estar relacionado a vários fatores. Por exemplo, se a perda urinária ocorre durante um esforçofísico, provavelmente está com prolapso de bexiga (“bexiga caída”); se ocorre a mesma ocorre independente de um esforço, pode estar relacionada com alterações hormonais, traumas de uretra ou fístula (comunicação) entre a bexiga e a vagina, neste último caso a perda urinária é constante e involuntária., já, se ocorrer perda involuntária e não relacionada ao esforço, a causa pode ser uma alteração da inervação da bexiga (bexiga hiperativa).

As mulheres estão muito mais sujeitas à perda urinária do que os homens, mas este sintoma pode aparecer em qualquer fase da vida, independentemente da idade e sexo.

Sintomas

Os sintomas apresentados pela paciente são importantes e podem caracterizar o tipo de incontinência, são muito variados e podem ser concomitantes, não sendo incomum encontrarmos a incontinência urinária mista.

Principais sintomas

• Perda de urina relacionada com o esforço físico que pode ir desde a perda após uma crise de tosse, espirro, um exercícios mais pesado ou corrida, até a perda após um mínimo esforço como levantar-se ou mudar de posição na cama.
• Perda urinária súbida, acompanhada de desejo premente e incontrolável de urinar, antes de chegar ao banheiro, ou seja, urgência para urinar, mesmo com a bexiga parcialmente repleta, muitas vezes com perda, caso não seja possível encontrar um banheiro rapidamente. Estas mulheres muitas vezes se queixam de acordar à noite para urinar uma ou mais vezes. 
• Perda urinária involuntária e contínua, não relacionada a nenhum tipo de esforço.

Diagnóstico

O exame ginecológico é importante para avalição da posição da bexiga/vagina/útero em repouso ou ao esforço. 
Podem também ser utilizado para complementar o diagnóstico o “pad test”(avaliação da umidade vaginal através do peso do absorvente) e o diário miccional, com pouca precisão de resultado 
O teste urodinâmico é um dos exames dos mais precisos e importantes para o diagnóstico da incontinência. Neste exame, uma sonda com eletrodos é introduzida na uretra da mulher e, ligada a um computador, enquanto a bexiga vai sendo distendida com soro fisiológico, isto possibilita, por registros gráficos, o diagnóstico da perda urinária e em quais condições esta perda acontece. , É um exame indolor, e, portanto não requer anestesia. 

Tratamento

As formas de tratamento variam de acordo com a causa da incontinência. O médico poderá optar por fisioterapia, por medicamentos ou pela cirurgia corretiva, dependendo da situação em questão e muitas vezes o tratamento é combinado, já que a causa da perda urinária muitas vezes é mista.
O tratamento fisioterápico inclui exercícios para fortalecer os músculos da pelve, chamados exercícios de Kegel. Até mesmo mulheres idosas, com incontinência urinária há vários anos, podem beneficiar-se desses exercícios, se os praticarem durante alguns meses seguidos. Além disso, podem também ser realizadas eletroestimulação dos músculos do assoalho pélvico, técnicas de “biofeedback” e utilização de cones vaginais (“pesos”), em tratamentos com fisioterapeutas qualificados. O fortalecimento da musculatura perineal pode ser praticado também através de exercícios simples e que podem ser praticados pela paciente, em casa, sem necessidade de equipamento específico. 
O tratamento medicamentoso depende do tipo de incontinência, podendo ser usados anti-colinérgicos (controlam a contração involuntária do músculo da bexiga), estrogênios (reposição hormonal local ou sistêmica), entre outrosO tratamento cirúrgico é reservado para casos selecionados e normalmente requer um destes clínicos associados para evitar recidivas.

Atividade física e incontinência urinária:

Há estudos relacionando a perda urinária com a prática de atividade física exaustiva e que aumente muito a pressão intra-abdominal, porém a prática de exercício de forma saudável, pelo contrário, só auxiliam no fortalecimento perineal prevenindo problemas nas mulheres após a menopausa.

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